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Quando o Medo é Uma Doença | ||
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Fobias e Pânico
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Já que as fobias são um "pânico com objeto", ou seja, são crises de pânico que somente acontecem em situações ou lugares específicos, é importante entender como uma crise de pânico é formada. Para isso, é interessante comparar sua cabeça com um carro que possui um alarme contra ladrões, desses que basta você encostar na carroceria para ele disparar. Esse sistema de alarme é o cérebro antigo, em especial o sistema límbico, com suas reações de luta ou fuga. Esse alarme tem que tocar em situações de perigo real. No entanto, para certas pessoas, esse sinal de perigo é desencadeado sem nenhuma razão aparente, como você talvez já tenha visto em estacionamentos, quando um alarme de carro dispara sem que nada tenha acontecido. Essa situação é conhecida como ataque de pânico. Para outras pessoas, esse alarme é disparado em situações indevidas, como por exemplo em elevadores, lugares fechados, ou no trânsito. Essa situação é conhecida como fobia. A síndrome do pânico é uma mistura dessas duas situações. Numa primeira fase, quem tem o transtorno (= síndrome) do pânico, tem ataques sem motivo algum. E numa segunda fase, passa a ter os mesmos sintomas nas situações ou lugares em que já teve os ataques. Assim, se a pessoa tem um ataque dentro de um carro, passa a evitar dirigir sozinha, ou não dirige mais. Se foi num lugar fechado, passa a não entrar em bancos, shopping centers, cinemas, teatros. Ou se entra, procura ficar bem próximo da saída... E para muitos, o simples fato de pensar, lembrar ou ver uma imagem da situação já é o bastante para desencadear a crise. |
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Sintomas
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Quem sofre de fobia, ao se deparar
(ou às vezes simplesmente imaginar...) com as situações
que desencadeiam suas crises, sentem um enorme medo, em geral acompanhados
de pelo menos quatro dos seguintes sintomas:
O que diferencia em grande parte alguém que tenha fobia de uma
pessoa que tenha simples medo, é que pessoas com fobia passam a
evitar a qualquer custo as situações que desencadeiam as
crises, alterando sua rotina de vida. |
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O ciclo vicioso
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Quem sofre de fobia tem suas crises de pânico desencadeadas
por alguma situação específica (as fobias) no cérebro
antigo. Quando começa a sentir as sensações de luta ou fuga (o alarme de emergência), imediatamente é inundado por imagens de catástrofe. Essa interpretação dos sintomas como sendo uma catástrofe é recebida pelo cérebro antigo novamente, aumentando os sintomas a níveis estratosféricos. Ao mesmo tempo, sua respiração fica bastante alterada, o que muda a química do sangue de maneira significativa. Essa mudança na química do sangue, por si só, aumenta ou desencadeia novas crises. Aí então os sintomas são muito assustadores. Como os sintomas são muito desagradáveis, isso acaba por confirmar na cabeça da pessoa que realmente os sintomas iniciais indicavam um grande problema. Em outras palavras, os sintomas asseguram na imaginação da pessoa que ela realmente corria perigo. Essa situação é percebida pelo cérebro antigo, que tenta ajudar da única maneira que consegue: desencadeando novas reações de luta ou fuga, novas crises de pânico. E assim o ciclo vicioso se fechou... |
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Introdução
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e Pânico / Sintomas / O
ciclo vicioso / Tratamento / Referências
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