Catapulta do Emocional
Uma nova abordagem para o estudo e entendimento do cérebro humano
José Carlos Fragomeni, MD
Resumo :
O cérebro é composto por três unidades distintas que funcionam em conjunto: o cérebro primitivo, o cérebro intermediário e o superior. O cérebro superior (neopálio)  tem dominado a ciência, a pesquisa e aos homens em geral. A teoria da catapulta do emocional propõe que o neocórtex não passa de um órgão criado pela experiência evolutiva da pulsão de vida, com a finalidade de proporcionar consciência de todo o conhecimento que está  inscrito nas sinapses do cérebro primitivo. Esta formação do neocórtex  teria se dado através da utilização do cérebro intermediário (emocional). A hipótese retomou a máxima cartesiana dentro de uma nova conceituação transformando o “penso logo existo” em “vivo logo penso”.

Introdução

 Não obstante o avanço da neurociência nos estudos do funcionamento do cérebro humano, este ainda continua a representar um dos maiores enigmas da atualidade, com questões ainda insolúveis, mesmo paradoxais.
 A evolução do embrião humano (ontogenia) constitui uma prova de que o homem é fruto de um continuum evolutivo das espécies. Neste processo, que decorreu de forma acelerada se comparado ao processo de adaptação do homem ao meio, percebeu-se, em determinado estágio, um homem dotado de um cérebro pensante, tal como se o conhece hoje, sem que se consiga precisar o momento dessa consciência nem como ela se deu. O que havia de mais recente era a figura do homo sapiens.

 Aqui, um dos paradoxos de que se falou acima: se a adaptação ao meio ocorreu / ocorre de forma lenta e gradual, o mesmo não se diz do cérebro, já percebido há 100.000 anos, como é hoje. isto significa dizer que o processo de desenvolvimento do cérebro supera em velocidade o desenvolvimento físico do corpo, ainda passível de adaptação.

 E se se considerar que o homem não utiliza todo o potencial de seu cérebro pergunta-se o que será ele capaz de fazer com a utilização plena.
 Ainda na busca de entendimento desse complexo cerebral, a neurociência vem tentando conceituar cientificamente as emoções, bem como definir seu papel na rede neuronial e localizar suas conexões, observando sua relação com o sistema límbico.

 A consciência é  outro aspecto do cérebro igualmente indefinido quanto à localização e funcionamento. Como e por que grupos de células cerebrais interligam-se em certos momentos, formando assembléias de neurônios que numa situação específica qualquer  vão determinar uma impressão sob forma de vivência ?
 A esses questionamentos, somam-se outros, todos sem explicação lógica, o que pode levar à crença de que se está observando o cérebro sob uma ótica inadequada.
 Assim sendo, pode-se tentar um deslocamento daquela visão para outro sentido, e estudar-se o cérebro à luz de um novo paradigma.
 

Os três cérebros
 
 
De um modo simplificado, o cérebro humano é disposto em três camadas que representam três fases da evolução, como se fossem três computadores superpostos. Essas camadas, embora claramente definidas, não são totalmente estanques nem tamouco se formaram independentes.

A primeira camada, o cérebro primitivo, é formado pelo tronco cerebral, pelo bulbo, pelo cerebelo, ponte e mesencéfalo, pelo globo pálido e os bulbos olfatórios. É o cérebro responsável pela manutenção da vida vegetativa. É capaz de adaptar-se ao frio, ao calor, à fome e à sede. Pode comandar a maior ou a menor intensidade de multiplicação das partes e do todo; de corrigir os inúmeros desvios do processo de formação do ser; de identificar o perigo e comandar a resposta. É, enfim, a expressão maior da pulsão inicial da vida em sua cadeia evolutiva.
É neste cérebro primitivo - manifestação primeira da vida -, que se encontram as informações de maior importância da experiência evolutiva do homem, desde a célula inicial até hoje. De alguma forma, essa epopéia evolutiva, todas as experiências do homem, estão inscritas nas sinapses do cérebro primitivo (arquipálio).
O cérebro primitivo comunica-se com o corpo, integrando-se ao sistema nervoso simpático e pára-simpático, e se comunica através das glândulas de secreção  interna. É a experiência maior do processo evolutivo que se iniciou na pulsão da vida.

O cérebro intermediário  situa-se logo acima do arquipálio, recobrindo-o. Nele  encontram-se as estruturas límbicas que têm como principal função coordenar as emoções.
Muito se tem estudado e discutido quanto à localização e aos caminhos que as emoções percorrem.  Desde o estabelecimento do circuito de Papez até as nova áreas a ele atribuídas por MacLeans,  tem-se observado que não há uma delimitação precisa da região onde se dão as emoções. Pode-se apenas afirmar que a região que intermedeia as emoções localiza-se entre o cérebro primitivo e o néocórtex.
Na comparação com os outros cérebros, observa-se que o sistema límbico tem um modo de agir diferente dos outros dois. Voltando à linguagem da informática, é como se fosse um computador com funcionamento analógico, enquanto os outros teriam um funcionamento digital.

O cérebro superior ou cérebro racional  posiciona-se recobrindo todo o encéfalo. É composto pelos dois hemisférios cerebrais e de alguns conjuntos de neurônios subcorticais. É constituído por um tipo de tecido cortical de formação recente chamado neocórtex. Acima de tudo encontra-se o neocórtex, que funciona como a sede da consciência. No processo evolutivo do embrião humano, percebe-se que foi o último a ser formado.
O homem, através da neocórtex,  toma consciência de si mesmo e assume um papel dominante na escalada evolutiva do planeta. Foi através da neocórtex que ele se projetou no mundo da ciência, buscando conhecimento. O conhecimento gerado através desta estrutura de certa forma se tornou independente de sua origem, a pulsão da vida. Claramente a partir da Renascença e aceleradamente nos últimos séculos, metodologias científicas foram criadas no sentido de resolver problemas gerados por pela neocórtex . Com isto, parece ter-se dado uma separação entre ciência e pulsão de vida.

Catapulta do emocional

Apresentada a nova perspectiva de abordagem do cérebro, permanecem as questões: Como o neocórtex se formou ? Qual seria a motivação desta experiência de vida?
 O assunto comporta inúmeras discussões e com certeza não tem ainda um caráter científico, já que requer mais estudo.
 A apresentação da hipótese objeto deste trabalho dar-se-á de forma seqüencial,  de modo a imprimir um aspecto didático ao que se propôs aqui chamar de “catapulta do emocional “.
 Inicialmente, chamar-se-á de ”porto homem” o ser que antecedeu ao “homo sapiens”. O “porto homem”, ao sair de cima das árvores e posicionar-se em pé, criou uma situação especial para a adaptação da vida.
O fato de se posicionar de pé proporcionou-lhe a possibilidade de antever  problemas e situações que se lhe apresentariam em seguida, antes de que acontecerem.
A pulsão de vida necessitava de alguma adequação para poder utilizar o potencial evolutivo armazenado no arquipálio (cérebro  primitivo), possibilitando ao “proto homem”  a  tomada de decisão. Assim gerou-se a necessidade de que a vida tivesse um “conhecimento” desta experiência.
O confronto dos dois hemisférios cerebrais, que certamente surgiram como um modo de defesa, deram ao “proto homem” a possibilidade de tornar dual as impressões de si mesmo; de poder ver-se de dois modos. Essa dualidade, resultante de suas confrontação com um mundo externo, pode representar uma das causas de identificação do “proto homem” como o “eu sou“, portanto, um grande passo no processo de evolução. Isto, porque, posicionado no alto das árvores, os acontecimentos não tinham maior importância. Todavia, no momento em que no chão, passou  a participar da ameaça, o “antever” a forma de defesa passou a ser vital, desenvolvendo nele um novo tipo de necessidade, que era a do envolvimento efetivo com a situação que estava por acontecer.
Tais fatores proporcionaram uma condição ímpar no processo de desenvolvimento que foi  a transferência de todo o conhecimento evolutivo do arquipálio para uma nova estrutura, o novo órgão chamado de neocórtex. Este órgão teria a possibilidade (não a capacidade) de uma consciência de toda a informação acumulada no cérebro primitivo durante milênios, oriunda do processo evolutivo.

Mas a transposição do conhecimento do arquipálio para a neocórtex não foi uma transposição das informações e sim da possibilidade de tornar essas informações  conscientes, como uma espécie de opção, para o caso de o “proto homem” (vida), ameaçado, poder decidir entre a fuga e a agressão.
Desta forma, ter-se-ia formado o neocórtex como um conjunto de conexões novas de um tipo diferente, com potencialidade para expressar todo o conhecimento e selecionálo coincidentemente na tomada de decisão.
Ressalte-se que essa transposição se deu de um modo muito rápido, se acompanhar a seqüência da evolução. Poder-se-ia compará-la a um momento de uma mutação genética; mutação esta que se expressou discretamente nos cromossomos, já que os de um mamífero superior diferem pouco dos cromossomos do homem para a tamanha diferença que existe entre ambos.
A essa transposição brusca é que se compara ao efeito de uma catapulta que projetou o conhecimento em um novo órgão, com a possibilidade de consciência. Esta  “catapulta” pode resultar da interposição do cérebro intermediário, do sistema límbico e do emocional entre os dois cérebros, o primitivo e o superior.

A participação física (de todo o organismo) decorrente da antevisão do problema pode caracterizar a base do emocional. A necessidade do conhecimento consciente apareceu junto com o envolvimento emocional neste “proto homem”. A consciência da situação implicava o envolvimento de todo o organismo, que deveria estar pronto para optar entre a agressão e a fuga.
Pela tentativa de adaptação e de sobrevivência, a vida ousou tornar consciente a experiência acumulada na cadeia evolutiva, permitindo ao “proto homem”  a utilização  daquelas informações para sua sobrevivência. Desta forma, o neocórtex veio expressar essas informações.
Em resumo, a transposição da informação do cérebro primitivo para a criação de novas conexões deu-se em intermediação com o sistema límbico de um modo brusco, aqui chamada de “catapulta do emocional”.

O cérebro intermediário (sistema límbico), funcionando como um computador analógico, permitiu que se formasse acima dele uma nova estrutura, composta de inúmeras conexões que funcionavam de um modo diferente, com potencialidade para transformar toda a informação  acumulada pela pulsão de vida em informações conscientes. As conexões estavam feitas para ser utilizadas nos momentos de ameaça.
Todo o conhecimento humano, fruto da experiência da evolução da vida desde o estágio unicelular até o homem, foi “catapultada” pelo cérebro intermediário (emoções ), criando um novo órgão que permitiu a consciência desse conhecimento. Nessa medida, o neocórtex nada mais é que uma experiência da pulsão de vida.
A consciência do homem é uma adaptação para a sobrevivência da vida, que  por sua vez tem necessidade de perpetuar-se.

Desdobramentos da teoria da Catapulta do emocional

O entendimento do cérebro sob essa ótica permite uma série de considerações interessantes, que explicariam um grande número de paradoxos do cérebro humano.

Paradoxo da evolução - Dispor de um órgão com uma potencialidade que não é utilizada contraria o conceito evolucionaste que está claramente exposto na ontogenia.
O cérebro superior teria a possibilidade de “decodificar” e tornar consciente toda a experiência evolutiva do homem, desde a pulsão inicial da vida até hoje. O aparecimento, há mais de 100.000 anos, de um cérebro que até hoje é quase o mesmo, possivelmente tornar-se-ia mais compreensível por meio da teoria da catapulta do emocional.
 

Importância da emoção e localização dos seus circuitos

Sem dúvida, a emoção representa um importante mecanismo nas funções do cérebro , principalmente na memória. É através dela que o homem tem acesso à possibilidade de encontrar a informação necessária à decisão.

A identificação dos circuitos onde se dão as emoções tem sido um motivo de discussão desde Broca até melenas. A prorrogação destes circuitos para o córtex pré frontal e suas ramificações inferiores com o arquipálio poderiam ser entendidas pela teoria da catapulta do emocional.

Mutação
Poucas alterações cromossomiais poderiam determinar o aparecimento do “homo sapiens “. Dada a pouca diferença existente entre os cromossomos do homem e os dos grande macacos, pode-se dizer que a mutação pode ter ocorrido de um modo se -
semelhante à alteração que observamos hoje na Trilogia do 21 ( Síndrome de Down).
Neste caso, a duplicação  de parte de uma cadeia do cromossomo 21 determina o aparecimento de um indivíduo com uma diminuição das circunvoluções cerebrais e com características que poderiam assemelhá-lo ao proto homem ( flexão das mãos). O indivíduo com Síndrome de Down  tem também uma característica especial em relação  à afetividade; de um modo geral são muito afetivos. É como se a catapulta tivesse falhado na formação do neocórtex.
É possível que através de um mecanismo inversamente semelhante tenha ocorrido a mutação do “proto homem” para o “homo sapiens”. A possibilidade de poucas alterações dos cromossomos poderiam determinar uma transformação tão grande.

Os sonhos

Acredito que, quando se sonha, está-se “desligado” das conexões com o corpo, ou seja, as conexões no cérebro estão ocorrendo de um modo inverso.
O neocórtex funciona de modo autônomo, gerando conjuntos de conexões como se fossem assembléias de conexões neuroniais, que guardam um certo padrão em todos os indivíduos. Isto se dá porque a neocórtex  foi montada de acordo com um mesmo plano.
Por um outro lado, é possível em sonho se ter visões e soluções de problemas que em vigília não se teria. Isto, porque nesses momentos a potencialidade de acessar o conhecimento total da vida é maior, já que a atenção  não está presa  aos sentidos.
Quando se sonha, está-se circulando na neocórtex livre dos preconceitos estabelecidos pela cultura. Disto decorre a riqueza da simbolização dos sonhos.

Povos antigos

O acesso ao conhecimento de que dispunham os povos antigos como os egípcios pode ser compreendido através da teoria da catapulta do emocional. Esse  acesso ao conhecimento se fazia por meio dos sacerdotes que utilizavam métodos artísticos e religiosos (emocionais) para se chegar à consciência do conhecimento.
Assim, foram capazes de construir pirâmides com medidas tão perfeitas que até hoje discute-se como as obtiveram. A localização da grande pirâmide bem como suas proporções mostram um conhecimento que só seria possível hoje a quem tivesse os mais modernos recursos da tecnologia. Os egípcios chegaram a este conhecimento por métodos que foram progressivamente abandonados pela civilização que os sucedeu. Os egípcios “sonhavam”
Se considerar  que todo o conhecimento evolutivo da pulsão de vida está inscrito no cérebro primitivo, é fácil imaginar que os antigos egípcios dispunham de um modo de acessar este conhecimento, desconhecido até hoje. E isso não é de todo descartado, posto que o método era guardado pêlos sacerdotes.
O arquipálio é capaz de fazer “curas” que poderiam ser chamadas de milagrosas. O conhecimento científico não é nada se comparado ao conhecimento depositado no corpo, ao qual não se tem acesso.

Ciência moderna

Nos últimos 200 anos, a ciência não tem acrescentado quase nada ao nível de satisfação ou de felicidade ao homem. Este ultimo século deixou claro que a felicidade e a satisfação do homem não estão relacionadas com o progresso da ciência convencional. O homem vai encontrar sua felicidade no cumprimento da sua função de perpetuar a vida como qualquer outro animal.
Essa perspectiva de consciência de que o homem é expressão da pulsão de vida  tem despertado os movimentos ditos ecológicos. Tem aberto caminho para o retorno de antigas concepções ligadas à visão do homem como um todo, hoje conhecidas como concepções  holísticas.
Tudo isto  se vê contaminado pela prepotência da ciência moderna que identifica o “eu sou” como o “que vive”.

Religião

A dicotomia religião e ciência que se acelerou há 500 anos deve-se a uma abordagem diferente de um mesmo ponto. Ambas buscam a satisfação do homem. A ciência busca um estado de felicidade para o homem, através de criações com a potencialidade do neocórtex.
São muitos os desdobramentos decorrentes da aceitação da teoria da catapulta do emocional, para entendimento da religiosidade do homem; fato que sempre foi desprezado pela ciência convencional e que hoje vem sendo levado em consideração.
O homem perfeito, simbolizado em Jesus Cristo, seria um ser com a potencialidade do neocórtex totalmente “ativada”, não como o homem atual, que só dispõe da potencialidade disto. Ele seria a representação simbólica do cérebro superior pleno.  Deus seria a totalidade do conhecimento evolutivo de toda a experiência humana, ou arquipálio.
A intermediação para que houvesse uma plenitude da manifestação deste conhecimento dar-se-ia através da atuação de um fator intermediário, o emocional, o que assemelha-se àquilo que está simbolizado no Espírito Santo.
Claude Bernard, médico do século XVIII declara  “o sacerdote e o cientista estão próximos de falarem a mesma linguagem”

Arte

A arte, como a religião, acessa essas conexões através de processos emocionais desconhecidos, mas que estão sempre relacionados com a sexualidade.
O desenho do teto da capela Sistina de Michelângelo, representando a criação do homem, é uma demonstração dessa teoria. O deus que está circunscrito numa nuvem que é claramente o encéfalo, estende ao homem a mão num gesto emocional grandioso.  Todos os grandes artistas o são, graças à percepção de uma totalidade de conexões cerebrais, como se fosse o processo que se conhece como formação de assembléias  de neurônios, acessadas por um êxtase emocional.

O evangelho
Acredito que o evangelho em sua maioria tenha sido escrito por homens em estado de êxtase, o que lhes permitia uma visão extraordinária do homem como um todo, decodificado através de sua educação e seus preconceitos; por isto,  pode ser tão deturpado.
Sem dúvida,  nele existe uma realidade global do homem que transcende ao conhecimento puro e simples e que  está misturada, sim,  com muita imaginação e preconceitos, nem por isso devendo ser desprezada.

Bibliografia:

1. AMARAL, Júlio Rocha do. O Centro das Emoções. Mente e Comportamento. n 5
2. CHARDIN, Teilhard. O Fenômeno Humano.
3. Consciência. Opinião. n 6
4. Interdisciplinariedade e o Estudo da Mente. Opinião. n 6
5. Mapeando o Cérebro. Tecnologia. n 3
6. Memória e Consciência . Opinião e Discussão. n 1
7. MONTANGNO, Elson  A. Cérebro: Para Que? Opinião e Discussão. n 1
8. OLIVEIRA, Jorge M. Percepção e Realidade. Opinião e Discussão. n 4
9. PINKER, Steven. Como Funciona a Mente. Rio de Janeiro: Schwartz, 1998
10. RODINI, Elaine S. de Oliveira. Síndrome de Down: Características e Etiologia. Do
           enças do Cérebro. n4
11. Sistema Límbico: O Centro das Emoções. Mente e Comportamento. n 5
 

Sobre o autor:

José Carlos Fragomeni. Ex-professor da Faculdade de Ciências Médicas  do Norte Fluminense , RJ; ex-professor de Urologia da Universidade de Brasília UnB, Brasil; ex-chefe do Serviço de Urologia do Hospital da Forças Armadas, Brasília DF; membro efetivo da Sociedade Brasileira de Urologia.

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