Um neurofisiologista respeitado em todo o mundo, Walter trabalhou extensamente com o EEG (eletroencefalografia). Ele foi o descobridor das ondas teta e delta, que são associadas ao sono leve e profundo, respectivamente, e desenvolveu novos métodos, como a primeira máquina de topografia cerebral do EEG, que fazia mapas eletroencefalográficos, e que era baseada em um conjunto de osciloscópios com varredura espiral, conectados a amplificadores de alto ganho.
No
final dos anos 40, o Dr Grey Walter realizou pesquisas pioneiras sobre
os primeiros robôs móveis autônomos
no Burden Neurological Institute, como parte de suas investigações
sobre modelos das funções cerebrais. Ele queria estudar as
bases das ações reflexas simples e testar sua teoria de que
comportamento complexo pode surgir a partir de conexões neuronais
simples. Em seus experimentos altamente criativos, obteve sucesso em criar
os robôs em forma de tartaruga, aos quais batizou de "Elsie" and
"Elmer"; sendo assim altamente influente no nascimento da nova ciência
da cibernética. Seus trabalhos foram muito lidos e obtiveram ampla
repercussão na época, através da revista "Scientific
American", em 1950 e 1951, e em seu livro "The Living Brain"
(O Cérebro Vivo, de 1953). Recentemente uma das tartarugas originais
foi descoberta pelo Dr. Owen Holland, da University of West of England,
tendo sido restaurada e posta para funcionar, em 1995. Um exemplar das
suas tartarugas
de segunda geração está na coleção
de tecnologia do prestigioso Smithsonian Institution, em Washington, DC.
Ele se casou duas vezes, e teve dois filhos do primeiro casamento e um do segundo. De acordo com seu filho mais velho, Nicolas Walter, "ele se situava politicamente à esquerda, um camarada-viajante comunista, antes da Segunda Guerra Mundial, e um simpatizante dos anarquistas, depois dela. "
Em 1970 o Dr. Grey Walter foi gravemente
ferido em um acidente de automóvel nos EUA, morrendo sete anos mais
tarde, sem ter se recuperado totalmente do mesmo.