Partes da Célula Nervosa e Suas Funções
Silvia Helena Cardoso, PhD
[1. Corpo Celular] [2.Membrana Neuronal ] [3.Dendritos] [4. Axônio] [5. Terminal nervoso pré-sinático]
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O corpo celular (soma)
é a "fábrica" do neurônio. Ele produz
todas as proteínas para os dendritos, axônios e terminais
sinápticos, e contém organelas especializadas tais como mitocôndrias,
aparelho de Golgi, retículo endoplasmático, grânulos
secretórios, ribosomos e polissomos para fornecer energia e agrupar
as partes em produtos completos.
Citosol - É o fluído aquoso e salgado com uma solução rica em potássio dentro da célula contendo enzimas responsáveis pelo metabolismo da célula. 1. Núcleo
- Derivado do Latin "nux", castanha, o núcleo é
o arquivista e o arquiteto da célula. Como arquivista ele contém
os genes, consistindo de DNA, o qual contém a "história"da
célula, a informação básica para manufaturar
todas as proteínas características. Como arquiteto, ele sintetiza
RNA a partir do DNA e o transporta através de poros ao citoplasma
para uso na síntese de proteínas. 2. Aparelho de Golgi - É uma estrutura ligada à membrana que exibe um papel no empacotamento de peptídios e proteínas (incluindo neurotransmissores) dentro das vesículas. 3. Poliribosomos - Existem vários ribossomos unidos por um cordão. O cordão é um fio único de RNAm (RNA mensageiro, uma molécula envolvida na síntese de proteínas do lado de fora do núcleo) Os ribossomos associados atuam nele para fazer múltiplas cópias da mesma proteína. 4. Membrana Neuronal (veja próxima caixa e ilustração) 5. Mitocôndria - Esta é a parte da célula responsável pela energia na forma de ATP (adenosina trifosfato). Os neurônios necessitam de uma enorme quantidade de energia. O cérebro é um dos tecidos mais ativos metabolicamente . No homem, por exemplo, o cérebro usa 40 ml de oxigênio por minuto. A mitocôndria usa oxigênio e glucose para produzir a maioria da energia da célula. O cérebro consome grandes quantidades de ATP. A energia química armazenada em ATP é usada como combustível na maioria das reações bioquímicas do neurônio. Por exemplo, proteínas especiais na membrana neuronal usam energia liberada pela quebra de ATP em ADP para bombear certas substâncias através da membrana para estabelecer diferenças de concentração entre o lado interno e externo do neurônio. 6. Retículo Endoplamático Rugoso (RE rugoso) e Retículo Endoplamático Liso (RE liso) (7) - É um sistema de tubos para o transporte de materiais dentro do citoplasma. Ele pode ter ribossomos (RE rugoso) ou não (RE liso). Com ribossomos, o RE é importante para a síntese de proteínas. |
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A membrana neuronal serve
como uma barreira na união do citoplasma interno do neurônio
e excluir certas substâncias que flutuam no fluído que banha
o neurônio.
A membrana com seu mosaico de proteínas é responsável por muitas funções importantes:
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A membrana é feita de lipídios e proteínas - gorduras e cadeias de aminoácidos. A estrutura básica desta membrana é uma camada bilateral ou um "sandwich" de fosfolipídios, organizado de tal forma que a região polar (carregada) está voltada para fora e a região não polar para dentro.
A face externa da membrana contém os receptores, pequenas regiões moleculares especializadas que fornecem uma espécie de "recipiente" para outras moléculas externas, em um esquema análogo a uma chave e fechadura. Para cada molécula externa existe um receptor correspondente.
Quando as moléculas se unem aos receptores, seguem-se algumas alterações da membrana e no interior da célula, tais como a modificação da permeabilidade de alguns íons.
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Estas estruturas se ramificam como galhos de uma árvore e serve como o principal aparato para receber sinais de outras células nervosas. Eles funcionam como "antenas" do neurônio e são cobertos por milhares de sinapses. A membrana dendrítica sob a sinapse (a membrana pós-sinaptica) tem muitas moléculas de proteínas especializadas, os receptores, que detectam os neurotransmissores na fenda sinaptica. Uma célula nervosa pode ter muitos dendritos que se ramificam muitas vezes, sua superfície é irregular e coberta em espinhas dendríticas que é o local onde as conexões sinapticas são feitas. |
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Geralmente, é um longo processo que se
projeta a regiões distantes do sistema nervoso. O axônio é
a principal unidade condutora do neurônio, capaz de conduzir sinais
elétricos a distâncias longas e curtas, ou seja, desde 0.1
mm até 2 m. Muitos neurônios não têm axônios.
Estes neurônios, chamados de "células amácrinas",
todos os processos neuronais são dendritos. Neurônios com
axônios muito curtos também são encontrados.
Os axônios de muitos neurônios são envolvidos em uma bainha de mielina, que é composta de mebranas de células intersticiais e é envolvida ao redor do axônio para formar várias camadas concêntricas. A bainha de mielina é quebrada em vários pontos pelos nodos de Ranvier. A mielina protege o axônio, e prevene interferência entre axônios à medida que elas passam ao longo dos feixes. As células que circundam as fibras nervosas periféricas, ou seja, fibras dispostas fora do cérebro e medula espinhal, são chamadas células de Schwann cells (porque elas foram primeiro descritas por Theodor Schwann). As células que envolvem os axônios dentro do sistema nervoso central (cérebro e medula espinhal) são chamadas oligodendrócitos. Entre cada par de células de Schawann sucessivas, existe o nodo de Ranvier.
O cone axonal é onde o axônio de junta à célula. É daí que a despolarização elétrica conhecida como potencial de ação ocorre. |
5. Terminal Nervoso (Terminal
Pré-sináptico)
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Sinapses são junções
formadas com outras células nervosas onde o terminal pré-sináptico
de uma célula faz contato com a membrana pós-sinaptica de
outra. São nestas junções que os neurônios são
excitados, inibidos ou modulados. Existem dois tipos de sinapses, a elétrica
e a química.
Sinapses Elétricas ocorrem onde o terminal pré-sináptico está em continuidade com o pós-sináptico. Íons e pequenas moléculas passam por eles, conectando então canais de uma célula a próxima, de forma que alterações elétricas em uma célula são transmitidas quase instantaneamente à próxima. Os íons podem gerar fluxos em ambos as direções destas junções, embora eles tendam a ser unidirecionais. Sinápses Químicas O modo de transmissão não é elétrico, e sim carreado por neurotransmissores, substâncias neuroativas liberadas no lado pré-sináptico da junção. Existem dois tipos de junções químicas. O tipo I é uma sinapse excitatória, geralmente encontrada em dendritos; o tipo II é uma sinápse inibitória, geralmente encontrada em corpos celulares. Substâncias diferentes são liberadas nestes dois tipos de sinapses. Cada botão terminal é conectado a outros neurônios através de uma pequena fenda chamada sinápse. As carcterísticas físicas e neuroquímicas de cada sinapse determina a força e polaridade do sono sinal de input. Mudando a constituição de vários neurotransmissores químicos pode ocasionar um aumento ou diminuição da estimulação que a desporalização do neurônio causa no dendrito vizinho. Alterando os neurotransmissores também altera a estimulação, que pode ser inibitória ou excitatória. |