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Papel dos Hormônios na Sexualidade Humana

Hormônios são substâncias químicas de um glândula endócrina. Glândulas endócrinas, também chamadas glândulas sem dutos, depositam o hormônio na corrente sanguínea. O sangue, por sua vez, carrega os hormônios para o corpo inteiro. Os hormônios sexuais são estrógeno e progesterona (predominantemente na mulher) e testosterona (predominantemente no homem). Como todo hormônio, eles são mensageiros químicos, substâncias produzidas em uma parte do corpo que diz às outras partes o que fazer. O homem e a mulher produzem estrogênio e testosterona, porém em diferentes quantidades, e ambos os sexos produzem menos à medida em que envelhecem.

Estes hormônios parecem afetar a capacidade de excitação ao alterar o limite para a estimulação erótica.

Eles agem:
centralmente - determinando a quantidade de mudança na excitação produzida por um estímulo;
periferalmente - determinando a quantidade de resposta do receptor a um determinado estímulo

Na maioria das espécies animais, o cérebro controla e regula o comportaments sexual primariamente por meios de hormônios. Homens e outros primatas são exceções neste papel por que ele dependem mais da experiência pessoal e de aspectos culturais do que hormônios. Porém, os hormônios parecem afetar a capacidade de excitação ao alterar o limite para a a estimulação erótica, independentemente de o limiar em questão ser a sensitividade periférica do tecido.


A hipófise (também chamada pituitária, é a principal glândula endócrina. Ela secreta um grande número de importantes hormônios envolvidos no controle de muitas funções corporais. Os alvos de muitos de seus hormônios são outras glândulas endócrinas. Ela libera um certo número de hormônios para uma glândula particular, que recebe o hormônio da corrente sanguínea e é posta em atividade, como resultado da "mensagem" da pituatária.

Esta glândula produz seu próprio hormônio e o descarrega na corrente sanguínea. A atividade da hipófise é controlada por fatores químicos produzidos por células neuroendócrinas no cérebro e transmitidos através de uma série de vasos sanguíneos especiais, o sistema portal pituitário.

Os fatores químicos liberados por células neuroendócrinas no hipotálamo viajam ao longo deste sistema até a pituatária e estimulam a liberação de hormônios pituatários na circulação geral do sangue.


Hipotálamo

O hipotalámo (veja figura acima), localizado no cérebro diretamente acima da hipófise, é conhecido por exercer controle sobre ela por meios de conexões neurais e subtâncias semelhantes a hormônios chamados fatores desencadeadores, o meio pelo qual o sistema nervoso controla o comportamento sexual via sistema endócrino.

O comportamento sexual é influenciado pelo hipotálamo. Ele estimula a glândula pituatária a liberar os hormônios sexuais. Quando o nível destes hormônios cai, cai também o desejo sexual.



Controle feedback da produção de hormônios gonádicos. O hipotálamo estimula a hipófise a liberar hormônio no sangue circulando pelo corpo. Este hormônio é recolhido pelo ovário ou testículos, que é então estimulado a liberar o hormônio gonadal na corrente sanguínea. O hormônio gonadal é detectado pela pituatária e pelo hipotálamo, que são inibidos de liberar mais hormônio pituatário.
O hipotálamo secreta o fator de liberação apropriado no sangue, que alcança a pituatária e a estimula a secretar hormônio gonadotrófico.

 Na mulher a glândula alvo do hormônio gonadotrófico é o ovário. O ovário tem duas funções, a primeira é produzir óvulos, e a outra, secretar hormônios (entrógeno e progesterona).

Os hormônios ovarianos fazem loops (alça) de retroalimentação para a hipófise e desenvolvem características sexuais que distiguem homens e mulheres.

No homem, a glândula alvo do hormônio gonadotrófico é o testículo. Como o ovário, o testículo tem um papel duplo: produção de esperma e de hormônio. Andrógenos (testosterona) são os hormônios liberados pelos testículos. Hormônios pituitários estimulam a produção de hormônios testiculares, que, por sua vez, regulam a produção de hormônio pituitário, por feedback.



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Autor: Dra. Silvia Helena Cardoso, PhD, Psicobióloga.

Realização: Núcleo de Infomática Biomédica

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