Idiomas ativam áreas distintas do cérebro
Por: Silvia Helena Cardoso, PhD e Renato M. Sabbatini, PhD

Uma pesquisa recente (janeiro de 2000) publicada na revista Nature Neurosciences relata que idiomas diferentes ativam áreas distintas do cérebro. Para verificar esse achado, os autores usaram o PET (Positron Emission Tomography) para medida do fluxo
sanguíneo, o qual monitorava a atividade cerebral de estudantes no momento em que faziam uma leitura em voz alta em sua
língua materna. Foram comparados alunos ingleses e italianos. Os resultados revelaram que os italianos utilizam mais a região
temporal superior do cérebro. Já os britânicos movimentam a região frontal esquerda e a temporal inferior.  O estudo pode ajudar
a compreender melhor a dislexia e outros problemas de leitura, bem como a maneira como a experiência modifica o uso do cérebro na leitura. Como a língua inglêsa não é perfeitamente fonética, e o italiano sim, acontece que os leitores de inglês têm que usar partes distintas do cérebro para poder gerar os fonemas de forma correta, em relação aos leitores em italiano.

Artigo original: HOW NATIVE LANGUAGE AFFECTS READING STRATEGIES

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