Uma pesquisa recente (janeiro
de 2000) publicada na revista Nature Neurosciences relata que idiomas
diferentes ativam áreas distintas do cérebro. Para verificar
esse achado, os autores usaram o PET
(Positron Emission Tomography) para medida do fluxo
sanguíneo, o qual
monitorava a atividade cerebral de estudantes no momento em que faziam
uma leitura em voz alta em sua
língua materna. Foram
comparados alunos ingleses e italianos. Os resultados revelaram que os
italianos utilizam mais a região
temporal superior do cérebro.
Já os britânicos movimentam a região frontal esquerda
e a temporal inferior. O estudo pode ajudar
a compreender melhor a dislexia
e outros problemas de leitura, bem como a maneira como a experiência
modifica o uso do cérebro na leitura. Como a língua inglêsa
não é perfeitamente fonética, e o italiano sim, acontece
que os leitores de inglês têm que usar partes distintas do
cérebro para poder gerar os fonemas de forma correta, em relação
aos leitores em italiano.
Artigo original: HOW NATIVE LANGUAGE AFFECTS READING STRATEGIES