A impotência sexual, também definida como disfunção erétil, é um problema muito comum que afeta a maioria dos homens durante suas vidas. A incidência da disfunção erétil varia com a idade, e aumenta na proporção dos homens afetados, de 7 a 8%, na faixa de 20 a 39 anos de idade, a 55%-60% em homens mais velhos que 70 anos, de acordo com um estudo realizado nos EUA. O maior aumento é visto em homens na faixa de 60 a 69 anos. É estimado que no mínimo 10 milhões de homens sofrem de impotência crônica nos EUA, e que no mínimo mais 20 milhões têm formas menos severas de disfunção erétil associadas à idade, problemas crônicos de saúde ou problemas psicológicos.
Ainda que no passado a impotência tenha sido relacionada a causas exclusivamente físicas, nós sabemos hoje que 85 a 90% de todas as causas de disfunção erétil têm causas orgânicas, tais como doenças periféricas vasculares, diabetes, desequilíbrios de hormônios sexuais, efeito de medicações, etc. Isto tem encorajado a ciência médica a descobrir novas formas de tratamento, os quais estão disponíveis e funcionam bem para um grande número de pacientes. Estes tratamentos se estendem de tabletes orais e drogas vasoativas que podem ser injetadas dentro do pênis, até bombas de vácuo e próteses de pênis implantados. A efetividadade da terapia pode se estender de 40 a 90%, dependendo da escolha apropriada do método.
Entretanto, o fator psicológico é sempre importante, porque a disfunção erétil pode afetar severamente a auto-estima, provocar ansiedade e depressão, e tornar o problema ainda pior, pela interação dos fatores físicos com os orgânicos. Estes problemas podem afetar indiretamente a parceira, particularmente quando eles estão com problemas conjugais ou interpessoais.
Neste artigo, você saberá sobre os seguintes tópicos:
Nos próximos números da Cérebro & Mente, nós discutiremos outros distúrbios sexuais comuns em homens e mulheres, tais como ejaculação prematura, frigidez ou distúrbio do orgasmo, dor no ato sexual, etc.
Renato
M.E. Sabbatini é neurocientista com doutorado em neurofisiologia
do comportamento pela Faculdade de Medicina
de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo, Brasil,
e pós-doutorado pelo Departamento de Fisiologia do Comportamento
do Instituto Max-Planck de Psiquiatria, em Munique, Alemanha. Atualmente
o Prof. Sabbatini é diretor do Núcleo
de Informática Biomédica e Coordenador da Disciplina
de Informática Médica da Faculdade de Ciências Médicas
da Universidade Estadual de Campinas,
Campinas, Brasil. Ele é também editor associado da revista
"Cérebro & Mente",
e editor científico da revista Intermedic,
periódico especializado em Internet e Medicina.
Email: sabbatin@nib.unicamp.br
Silvia
Helena Cardoso, PhD. Psicobióloga, mestre e doutora pela Faculdade
de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto da Universidade
de São Paulo, e pós-doutorado pela Universidade da Califórnia
em Los Angeles, EUA. Pesquisadora associada do Núcleo de Informática
Biomédica a Universidade Estadual de Campinas, Brasil, e editora-chefe
da revista Cérebro & Mente, Correspondência
Núcleo
de Informática Biomédica
Universidade Estadual de
Campinas, Brasil
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